Hoje pela manhã, a Associação de Mulheres do Mar (AMMAR), em parceria com a Capitania dos Portos, a Associação Comercial da Bahia, Tecon Salvador Wilson Sons e a Fundação Aleixo Belov, realizou o Episódio 3 da Série de Diálogos Ecossistêmicos. Com o tema central AMMAR é Cuidar Bem da Baía de Todos os Santos – Quem Cuida do Quê?, o evento, que ocorrerá no Tecon Wilson Sons, será fechado ao público e busca promover uma governança compartilhada para a chamada “Capital da Amazônia Azul.”
O terceiro episódio reuniu participantes estratégicos com o objetivo de desenvolver soluções inovadoras e sustentáveis para o desenvolvimento econômico com responsabilidade socioambiental, sempre em parceria com as comunidades locais. Foram explorados temas como geração de emprego e renda, cidadania consciente, equidade de gênero, ordenamento do espaço, economia circular, prevenção a pesca predatória com explosivos e preservação dos nossos mares e territórios, com foco em uma educação transformadora ecossistêmica e no fortalecimento da cultura oceânica.
“O diálogo ecossistêmico entre lideranças locais, profissionais do setor náutico, ambientalistas e gestores públicos e privados será essencial para construir um futuro sustentável,” destaca Jacqueline Moreno, diretora de desenvolvimento sustentável da AMMAR. “O propósito é que todos contribuam para a criação do Programa de Ação de Proteção Anual (PAPA) da Baía de Todos os Santos.” Adriana Muniz, conselheira dos notáveis da AMMAR, complementa: “Também será elaborado um manifesto coletivo, um documento vivo que guiará as futuras ações de cuidado com a Capital da Amazônia Azul.” Ambas lideram a coordenação da AMMAR.
Representantes de diversos setores — empresarial, governamental, ONGs, sociedade civil e comunidades tradicionais — estarão presentes para um diálogo colaborativo sobre a proteção da Baía de Todos os Santos. Seguindo a metodologia dos Diálogos Ecossistêmicos, as discussões serão impulsionadas por perguntas reflexivas que incentivam a criatividade e o intercâmbio de saberes e fazeres.
A Importância da Capital da Amazônia Azul
Localizada na costa da Bahia, a Baía de Todos os Santos é a maior baía do Brasil e a segunda maior do mundo, com aproximadamente 1.233 km² de biodiversidade abundante, incluindo manguezais, recifes de corais e uma rica fauna e flora marinha. Além de seu valor ambiental, é um patrimônio histórico e cultural de grande relevância, sendo o berço da colonização portuguesa no Brasil, com forte presença da cultura afro- brasileira e indígena.
Designada como Área de Proteção Ambiental (APA) em 1999, a Baía de Todos os Santos foi enquadrada em uma categoria de conservação que permite o uso sustentável dos recursos naturais, sempre com o objetivo de preservar tanto o ambiente quanto a qualidade de vida das comunidades locais. A APA abrange ecossistemas diversos, como manguezais, recifes, restingas e áreas de mata atlântica, protegendo sua biodiversidade e regulando atividades de pesca, turismo e exploração portuária para minimizar impactos ambientais. Essa proteção é vital, especialmente para comunidades tradicionais, como pescadores e marisqueiras, que dependem diretamente da baía e desempenham papel crucial na sua preservação.
Com ações como o Programa de Ação de Proteção Anual (PAPA), a AMMAR reafirma seu compromisso em liderar e inspirar práticas de governança sustentável e colaborativa, fomentando um movimento contínuo de cuidado com a Capital da Amazônia Azul.
Foto: Wil Recarey