A multipropriedade, também conhecida como propriedade compartilhada ou fracionada, está ganhando destaque no Brasil como uma solução econômica e flexível para quem deseja ter uma segunda residência ou uma opção de férias. Esse modelo permite a compra de uma fração de um imóvel, permitindo que várias pessoas compartilhem o uso ao longo do ano. Esse conceito, embora não seja novo, foi regulamentado pela Lei nº 13.777/2018, trazendo maior segurança jurídica e fomentando o crescimento do mercado.
Ricardo Samuel Goldstein, CEO de uma das empresas responsáveis pelo Village Itaparica, um dos projetos mais recentes de multipropriedade na Bahia, explicou em entrevista ao Guia BTS que a multipropriedade de imóveis funciona como uma “democratização de férias”.
“É uma democratização de férias, uma oportunidade para quem não poderia ter um imóvel em um resort cinco estrelas. Você divide isso em cotas para se tornar mais acessível. Quem compra paga somente pela semana que será utilizada e pela manutenção do período desejado. Só paga pelo que usa.”
Ele destaca também a flexibilidade do modelo, afirmando que é possível pagar pela cota e usufruir até mesmo fora do Brasil.
“Outra vantagem é poder trocar o imóvel e o local. Você deposita pela semana que vai usar e utiliza ela em qualquer lugar do mundo, inclusive fora do Brasil.”
O Village Itaparica permite que até 26 cotistas compartilhem uma unidade, garantindo duas semanas ou mais, dependendo do acordo entre os condôminos. Goldstein revela que o valor total de vendas na Bahia pode chegar a até R$700 milhões, demonstrando a força desse mercado que está em ascensão.
A multipropriedade não é apenas uma tendência local, mas uma realidade global já que os proprietários de casas de férias não costumam utilizar a residência por muito tempo. Adquirir um imóvel por cota, além de ser mais acessível financeiramente, também permite que o local seja realmente utilizado.
“Quem tem uma segunda residência, seja um apartamento na praia ou uma casa na montanha, sabe que esse imóvel não é usado todo o tempo. O crescimento do mercado tem muito a ver com otimização porque as pessoas estão preferindo pagar por aquilo que realmente usam”, ressaltou.
Além dos benefícios econômicos e de uso racional do imóvel, a multipropriedade tem potencial para fomentar o turismo em várias regiões do Brasil, já que existem localidades com um mercado turístico forte, e a multipropriedade pode ajudar a gerar uma ocupação maior nas cidades durante todo o ano.
A multipropriedade, com sua combinação de flexibilidade, acessibilidade e inovação, está redefinindo a forma como os brasileiros pensam em suas férias e investimentos imobiliários.
Com projetos como o Village Itaparica liderando o caminho, o futuro desse mercado promete ser promissor, trazendo novas oportunidades para investidores e consumidores.