A relação da Bahia com o mar vai além da paisagem e do turismo. A partir de dezembro, o oceano passa a ocupar também um novo espaço estratégico: o currículo do Ensino Médio. A inclusão da Educação Azul marca um passo importante na formação de jovens mais conscientes sobre o papel vital dos oceanos na vida cotidiana, no clima e no futuro do planeta.
A proposta insere conceitos de Cultura Oceânica no ambiente escolar, ampliando o olhar dos estudantes sobre temas como mudanças climáticas, biodiversidade, economia do mar e responsabilidade socioambiental. Mesmo longe da costa, o oceano influencia diretamente o dia a dia de toda a população — do ar que respiramos à regulação do clima.
O oceano como tema central da formação cidadã
Ao incorporar a Educação Azul ao currículo, a Bahia aposta em uma formação que conecta conhecimento científico, cidadania e território. A iniciativa estimula o senso crítico dos estudantes ao mostrar que o oceano não é um recurso infinito nem distante, mas um sistema vivo, essencial para o equilíbrio ambiental e social.
O conteúdo dialoga com desafios globais como a poluição marinha, o aquecimento global e a preservação dos ecossistemas costeiros, preparando os jovens para compreender problemas complexos e pensar soluções sustentáveis desde cedo.
Bahia, Amazônia Azul e protagonismo ambiental
Com um dos maiores litorais do país e inserida no contexto da chamada Amazônia Azul, a Bahia ocupa posição estratégica no debate sobre conservação marinha e economia azul. Levar esse tema para as escolas reforça o vínculo entre território, identidade e responsabilidade ambiental, formando estudantes atentos ao papel do estado no cenário nacional e internacional.
A proposta também fortalece a noção de pertencimento, mostrando que cuidar do mar é cuidar da própria história, da economia e do futuro da região.
Educação Azul conecta disciplinas e incentiva a prática
Um dos diferenciais da Educação Azul está na sua abordagem transversal. O oceano dialoga com áreas como Biologia, Geografia, Química, História e Artes, tornando o aprendizado mais integrado e conectado à realidade. Além da teoria, a proposta incentiva projetos práticos, pesquisas e ações comunitárias, alinhadas aos princípios das chamadas Escolas Azuis.
O objetivo é estimular o protagonismo estudantil e criar experiências que ultrapassem os limites da sala de aula, aproximando ciência, cultura e ação social.
Formando a Geração Oceano
Ao inserir o oceano como elemento estruturante da educação, a Bahia contribui para a formação da chamada Geração Oceano: jovens que compreendem a interdependência entre sociedade e natureza e reconhecem o mar como parte essencial da vida no planeta.
Mais do que um conteúdo curricular, a Educação Azul se apresenta como uma ferramenta de transformação, capaz de formar cidadãos preparados para os desafios ambientais, econômicos e sociais do presente e do futuro.
Foto: Gov BA
