Atletas da Acquamar enfrentam desafio em travessia da Ilha de Itaparica ao Porto da Barra

A escola de natação Acquamar, fundada em 2019 com o objetivo de proporcionar treinos seguros no mar para atletas amadores, realizou uma travessia entre a Ilha de Itaparica e o Porto da Barra no último domingo (20), em Salvador. O evento, que já faz parte do calendário de treinos da escola, foi organizado como um desafio que foge das normas rígidas das competições oficiais, permitindo que mais atletas pudessem participar e testar seus limites físicos.

De acordo com Josean Francisco, fundador da Acquamar, a ideia dessa travessia surgiu há cerca de três anos. A proposta é permitir que atletas amadores, que muitas vezes não têm condições físicas ou estruturais para participar de grandes competições, possam vivenciar a experiência de nadar longas distâncias no mar. “Nos eventos oficiais, o uso de acessórios como pé de pato e boias é proibido, além de os atletas precisarem passar por eliminatórias ao longo do ano. Nosso treino foi pensado para ser mais inclusivo, permitindo, por exemplo, que os nadadores usem esses itens e participem em revezamentos”, explicou Josean.

O formato de grupo também é um diferencial. O custo de competições tradicionais pode ser alto, já que o atleta precisa de uma embarcação e um guia individuais, o que pode limitar a participação. Ao nadar em grupos, os atletas da Acquamar conseguem dividir essas despesas, o que facilita o acesso ao treino. Josean acrescenta que, além do aspecto financeiro, o treino em grupo aumenta o espírito de cooperação e motivação entre os participantes.

No último domingo, a travessia contou com 90 nadadores, número limitado por conta do crescimento da procura. A preparação para o evento começou cedo, às 3h40, com a concentração no Porto da Barra, onde os atletas embarcaram para a praia de Gameleira, em Itaparica. Às 6h, após um tradicional círculo de oração, a largada foi dada. O primeiro grupo completou o percurso de 12 km em 2h40min, enquanto outros grupos chegaram ao longo de 1h30min. Ao final, os nadadores foram recebidos com um café da manhã e massagens oferecidas por fisioterapeutas, patrocinados por empresas parceiras dos próprios alunos.

A travessia foi especialmente desafiadora por conta das condições climáticas. Josean destacou que, embora o dia estivesse ensolarado, a forte correnteza tornou o trajeto mais difícil, principalmente na parte final, quando os atletas precisaram fazer uma entrada precisa no Porto da Barra. “Se o nadador passar um pouco do ponto de entrada, fica muito complicado voltar. Muitos atletas acabam desistindo ali mesmo por conta da força da maré”, afirmou Josean, reforçando a importância do acompanhamento e do planejamento rigoroso para garantir a segurança dos participantes.

Imagens cedidas por Acquamar

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