A Baía de Todos-os-Santos (BTS) tem se destacado por suas políticas voltadas para a conservação ambiental e inclusão social e econômica. Em agosto, a Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados aprovou a tramitação do Projeto de Lei 3077/23, que propõe estabelecer a BTS como a sede nacional da Amazônia Azul, área fundamental para a sustentabilidade dos ecossistemas costeiros e marinhos.
O Governo da Bahia, através da Secretaria do Meio Ambiente (Sema) e do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), lidera ações que visam o desenvolvimento sustentável da BTS. Os investimentos incluem incentivos à restauração ecológica, gestão participativa das Unidades de Conservação e iniciativas do Programa de Gerenciamento Costeiro do Estado da Bahia (Gerco), além de um plano específico para a BTS.
“O projeto de lei reforça o papel do Estado como guardião da Amazônia Azul, uma região estratégica para o país, tamanha a importância de suas praias, manguezais, rios e do clima tropical para a preservação da biodiversidade e mitigação dos efeitos das mudanças climáticas”, afirmou o secretário estadual do Meio Ambiente, Eduardo Sodré.
A Amazônia Azul, título criado pela Marinha do Brasil, engloba a faixa oceânica do Brasil, abrangendo mar, águas sobrejacentes, solo e subsolo marinhos desde o litoral até o limite da Plataforma Continental. Em 2014, a Bahia foi declarada “Capital da Amazônia Azul” durante o I Fórum Internacional de Gestão de Baías.
Além de ser declarada sede da Amazônia Azul, a BTS possui uma Área de Proteção Ambiental (APA), instituída pelo Decreto Estadual nº 7.595, em 5 de junho de 1999. A APA cobre aproximadamente 800 km², incluindo as águas da baía e 54 ilhas que pertencem a municípios como Salvador, Itaparica, Vera Cruz, entre outros.
A região abriga manguezais preservados, fragmentos de Mata Atlântica e recifes de corais, destacando-se como um importante ecossistema de biodiversidade. Entre as ilhas com vegetação remanescente estão Itaparica, Frades, Matarandiba, e Fontes, além dos recifes das ilhas de Itaparica, dos Frades, Maré e na Laje da Ipeba.