O sonho de comprar uma lancha, um jet ski ou outro tipo de embarcação marítima, talvez não esteja tão longe de ser alcançado. Embarcações como essas costumam custar em média 300 mil a 1 milhão de reais, mas o preço pode cair de maneira significativa se a compra for feita por meio do compartilhamento, o chamado sistema de cotas náuticas.
A modalidade possibilita que mais de uma pessoa seja proprietária de uma determinada embarcação, com valor de compra dividido, bem como seguros, manutenções e os demais custos. Em entrevista ao Guia BTS, a CEO da Boatlux Cotas Náuticas que atua em Salvador, Elane Reis, explica como funciona o processo de compartilhamento.
‘’A empresa faz a administração da embarcação e a divisão igualitária entre os sócios. O cotista pode agendar a data que deseja usar através de um aplicativo, onde ele também consegue visualizar as datas disponíveis. Os sócios não têm limite de uso da embarcação’’, contou.
É possível que cada embarcação seja adquirida por no máximo 8 sócios, fazendo com que o custo econômico chegue a até 85%. Os sócios também serão responsáveis por todas as despesas da administradora, manutenção, marinheiro e local de guarda do barco e além disso, também existem as manutenções programadas que deverão ser divididas pelos donos.
Mercado em crescimento
De acordo com dados divulgados pela Associação Náutica Brasileira (Acatmar), o setor de compartilhamento náutico registrou um crescimento de até 25%. O presidente da entidade, Leandro Ferrari, chegou a comentar que a alta na procura por essa modalidade de serviço foi impulsionada pela pandemia, e destacou que os valores acessíveis fazem com que as pessoas entendam que ‘’barco ou jetski não são coisas só para rico’’.
Ainda de acordo com a pasta, entre 2022 e 2023, quando o crescimento foi de aproximadamente 25%, logo no início do período os compradores de embarcações chegaram a ficar um ano em lista de espera. Agora com um mercado mais sólido, o setor segue com a expectativa de expandir a cultura náutica e os negócios para espaços ainda maiores, já que além de acessível, a mobilidade também é sustentável, já que não há precisão de se colocar mais lanchas no mercado gerando um excesso de embarcações. A Baía de Todos os Santos, sem dúvida, é um “oceano azul” a ser explorado no setor.