O que antes era lixo, agora é possibilidade. De baldes quebrados, cadeiras velhas e bacias descartadas, nascem mesas, bancos e novas histórias de autonomia. Na Ilha de Itaparica, um grupo de mulheres concluiu, entre os dias 8 e 12 de setembro, a Oficina de Transformação de Plástico – uma jornada que vai muito além da reciclagem.
Com o apoio da UFBA e do negócio social Zro, e sob a orientação do professor Paulo Gomes, da Escola de Belas Artes, elas aprenderam a transformar o polipropileno (PP) em peças de mobiliário. Mas não foi apenas técnica: foi empoderamento silencioso, mãos que antes descartavam, agora criam.
A cada peça moldada surge também um novo olhar para o futuro. Para as mulheres, a oficina significa independência e geração de renda. Para os catadores de Vera Cruz, significa valorização, já que agora contam com um cliente fixo para o plástico que coletam. A rede se fortalece e a comunidade se reconhece como protagonista de um modelo de desenvolvimento sustentável.
“Mais do que reciclar, estamos criando caminhos de autonomia e renda para mulheres da comunidade e valorizando o trabalho dos catadores”, afirma Adriana Muniz, gerente de ASG do Village Itaparica.

O projeto faz parte do programa “Da Natureza ao Recomeço”, realizado no Centro de Sustentabilidade do Village Itaparica, que une inovação, impacto social e cuidado ambiental. Uma iniciativa que mostra que recomeçar é possível – até mesmo a partir de um pedaço de plástico.