Projeto baiano usa plástico para recuperar corais e será destaque em conferência da ONU

Um projeto desenvolvido na Baía de Todos-os-Santos vai representar o Brasil na 3ª Conferência dos Oceanos da ONU, que acontece de 9 a 13 de junho, em Nice, na França. O Corais de Maré usa uma tecnologia inovadora que emprega plástico (polietileno) e outros materiais como cerâmica e aço inox para acelerar o crescimento de corais da espécie Millepora alcicornis.

A técnica já restaurou 7 mil m² de recifes e transplantou 2.285 colônias, com 97% de sucesso nos berçários, mesmo durante a onda de calor histórica de 2024.

Desenvolvido pela Carbono 14, em parceria com a UFBA e o Instituto de Pesca Artesanal de Ilha de Maré, e com patrocínio da Braskem, o projeto surpreendeu ao usar o esqueleto do Coral-sol, espécie invasora, como base para as sementeiras de corais nativos.

“Com polietileno, uma colônia cresceu 15,5 cm em menos de seis meses, sendo quatro vezes mais rápido que o normal”, explica Igor Cruz, professor da UFBA.

Além da inovação científica, o projeto capacita jovens e pescadores da Ilha de Maré como agentes ambientais, e desenvolve ações educativas em escolas da região. Em 2024, a atividade escolar envolveu 115 alunos e 13 professores.

O projeto será apresentado ao embaixador francês Olivier Poivre d’Arvor por José Roberto Caldas, o “Zé Pescador”, idealizador da iniciativa.

“É emocionante ver nosso trabalho local ganhando reconhecimento internacional”, celebra Zé.

Foto: Ascom-Pró mar

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