O projeto Remo Sem Fronteiras, idealizado por Sérgio Oliveira e Cláudio Mota, desenvolvido pela Associação de Remo Salvador, vem transformando vidas desde o ano 2000. Com a missão de incluir pessoas com deficiência (PCDs) no esporte, a iniciativa começou no Dique do Tororó, em Salvador, atendendo principalmente a amputados e pessoas com deficiência visual. Após alguns anos nessa localização, expandiu-se para o Parque Metropolitano de Pituaçu, consolidando dois pólos de atuação.
Em 2006, o projeto deu um grande passo ao formar uma equipe paralímpica e o ponto alto veio em 2008, quando a equipe competiu nas Paralimpíadas de Pequim, na China, e conquistou a medalha de bronze, a primeira medalha paralímpica do Brasil no remo.
“”Ganhamos a medalha de bronze com uma equipe formada apenas por baianos. Foi a primeira medalha história do Brasil no remo”, contou Sérgio em entrevista ao Guia BTS.
A expansão do projeto continuou em 2014 com a inclusão do stand-up paddle na Gamboa, ampliando o atendimento para crianças e adolescentes. Dois anos depois, em 2016, foi a vez da Praia da Preguiça receber o projeto com a modalidade de canoa havaiana, beneficiando não só PCDs, mas também jovens e idosos.
Atualmente, o projeto concentra suas atividades na Praia da Preguiça e em Pituaçu, oferecendo diversas modalidades, como remo olímpico, canoa havaiana, stand-up paddle e dragon boat. O objetivo principal do Remo Sem Fronteiras é utilizar o remo, um esporte tradicionalmente elitizado, como ferramenta de reabilitação física e inclusão social para pessoas de classes menos favorecidas.
“O remo é um esporte muito completo em termos de reabilitação física, e nosso objetivo é oferecer não só reabilitação, mas também acesso ao esporte”, destaca Sérgio Oliveira. Ele enfatiza a importância de derrubar barreiras e promover a inclusão, proporcionando uma melhora significativa na autoestima e na qualidade de vida dos participantes.
O projeto conta com uma equipe de monitores altamente capacitados, incluindo profissionais das áreas de medicina, direito e educação física, tornando-se uma referência nacional em remo adaptado. A gratificação vem não só dos resultados esportivos, mas principalmente do impacto positivo na vida dos participantes.
Com essa iniciativa, Sérgio Oliveira e sua equipe mostram que o esporte pode ser um poderoso agente de transformação, proporcionando oportunidades e esperança para aqueles que mais precisam. O Remo Sem Fronteiras é um exemplo inspirador de como a inclusão e a superação podem andar de mãos dadas, rompendo barreiras e construindo um futuro melhor através do esporte.
“Nosso objetivo é oferecer acesso ao esporte e reabilitação a essas pessoas. É gratificante poder praticar a inclusão social e ajudar também na autoestima e qualidade de vida dos PCDs”, disse com orgulho.