A Coordenadoria de Salvamento Marítimo de Salvador (Salvamar) emitiu um alerta na última semana a respeito dos cuidados necessários para o banho de mar, pois durante este período chuvoso os incidentes nas praias ocasionados por queimaduras com águas-vivas também conhecidas como caravelas, tendem a aumentar.
Para evitar esse tipo de ocorrência, os salva-vidas reforçaram a sinalização nas praias com as bandeiras roxas, indicando a presença de animais marinhos naquele determinado ponto. Outra sinalização presente é a das bandeiras vermelhas, que indicam que o local é perigoso para banho de mar.
Ainda de acordo com o Salvamar, a incidência de queimaduras com águas vivas acontecem durante todo o ano, mas tende a aumentar no período do outono e inverno. Em Salvador, as praias oceânicas da Barra até Ipitanga, são as que mais registram ocorrências, pois são as mais expostas à ação das ondas, ventos e correntes.
Já as praias que ficam localizadas dentro da Baía-de-Todos-os-Santos são mais protegidas e têm a menor probabilidade do surgimento desses animais, embora ainda existam registros.
A pasta pontuou ainda quais os cuidados devem ser tomados em caso de queimadura por águas-vivas. O primeiro deles é a retirada dos tentáculos que ainda estiverem presentes na pele, em seguida, o local atingido deve ser lavado com a própria água do mar, já que a água doce tende a piorar a queimadura.
Outro grande aliado é o vinagre sem álcool, que deve ser aplicado no local lesionado se estiver ao alcance. O último passo é cobrir o local com um pano úmido e procurar atendimento médico para avaliar a necessidade de outros cuidados. É importante ficar atento pois sinais de infecções graves podem surgir um tempo depois.
Mesmo que na maioria dos casos os ferimentos causados por águas-vivas pareçam inofensivos, há situações em que elas desencadeiam reações alérgicas que podem ser fatais, como o choque anafilático por exemplo.
Neste final de semana, uma banhista que preferiu não se identificar contou ao Guia BTS que confundiu o animal com um saco plástico, e acabou se queimando.
“Me queimei quando pisei nela sem querer na areia da praia de Amaralina. Quando vi de longe, pensei que era um saco plástico e acabei encostando sem querer. Não senti queimar na hora, mas menos de minutos depois meu pé ardia muito’’, contou.
Confundir a espécie com plástico é muito comum por conta da sua textura e transparência. Outro banhista, Pedro Monteiro, também passou pela mesma situação na praia de Porto de Sauipe enquanto viajava com a família.
“Estava caminhando na areia e vi um volume muito parecido com o plástico. Continuei andando pois não imaginei que fosse uma água viva e acabei encostando o pé. Na hora eu senti um choque e meu pé ficou muito vermelho, coçava bastante e em seguida veio a sensação de queimação. Ficou assim por uns dois dias e depois passou’’, disse.