Tensões comerciais entre EUA e China podem atrair investimentos chineses para a Bahia

A guerra comercial entre Estados Unidos e China pode resultar em investimentos significativos para a infraestrutura da Bahia. Com as restrições impostas pelo governo norte-americano ao uso do Canal do Panamá, autoridades chinesas têm buscado rotas alternativas para o escoamento de produtos entre os oceanos Atlântico e Pacífico — e o Brasil aparece como peça central nesse novo cenário geopolítico. As informações são do Jornal A Tarde.

Na última semana, uma delegação do governo chinês visitou Ilhéus, no sul do estado, onde analisou a viabilidade de investimentos no Porto Sul e na Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol). A proposta faz parte de um projeto mais amplo: a criação de um novo corredor logístico ligando o litoral brasileiro ao porto de Chancay, no Peru, no Oceano Pacífico.

O plano integra a chamada “nova rota da seda”, estratégia do governo chinês para ampliar sua presença comercial em diversas regiões do mundo. De acordo com fontes próximas ao governo baiano, a China avalia financiar, construir e operar os trechos necessários para viabilizar a rota ferroviária, um investimento estimado em cerca de R$ 30 bilhões.

As obras da Fiol e do Porto Sul são antigas demandas dos governos federal e estadual, mas esbarram em dificuldades financeiras. Com a entrada da China como parceira, o projeto ganha novas perspectivas de concretização.

Antes de chegar à Bahia, a comitiva chinesa passou por Goiás, onde visitou a Ferrovia de Integração Centro-Oeste (Fico), outro ponto estratégico do corredor ferroviário proposto. A expectativa é que a China entregue, nos próximos meses, um estudo de viabilidade técnica e econômica para o novo trajeto.

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