A Marinha do Brasil (MB) realiza, nas águas da Baía de Todos-os-Santos, lançamento real de minas marítimas de exercício, sem cargas explosivas.
Participam da MINEX-23, os Navios-Varredores (NV) “Atalaia” e “Araçatuba”, a Corveta (CV) “Caboclo” e o Aviso Balizador “Aldebaran”, sediados em Salvador, e o Navio-Patrulha Oceânico (NPaOc) “Apa”, vindo do Rio de Janeiro, embarcações da Capitania dos Portos da Bahia e Sistemas Marítimos Não Tripulados (SMNT).
As ações visam a preparação das unidades navais subordinados ao Comando do 2o Distrito Naval (Com2oDN), no que se refere às operações de minagem e contramedidas de minagem. Neste ano, serão lançadas pela Corveta “Caboclo” seis minas de fundeio e contato do tipo SH-60E, que serão “varridas” pelos navios-varredores em um exercício de contramedidas de minagem do tipo varredura mecânica dupla.
A capacidade de “varrer” as minas é exclusiva dos navios varredores, que contam com dispositivos capazes de rebocar longos cabos de aço com tesouras próprias, que são capazes de cortar os cabos-amarras das minas, levando-as até a superfície para posterior desativação por mergulhadores especializados em Desativação de Artefatos Explosivos (DAE).
Nas operações de contramedidas de minagem previstas, serão empregados, ainda, de forma pioneira, sistemas não tripulados nas fases de busca, classificação e identificação. Esses equipamentos permitem o afastamento do homem da área de perigo imposto pelas minas, tornando as operações mais seguras e eficientes.
Na MINEX-23, o NPaOc “Apa” apoiará o exercício como “Navio-Mãe”, servindo de base de operações e controle para o Veículo de Superfície Não Tripulado – Laboratorial (VSNT-Lab) desenvolvido pelo Centro de Análises de Sistemas Navais (CASNAV). Participará, também, o Veículo de Superfície Não Tripulado (VSNT) “SUPPRESSOR,”, desenvolvido pela empresa Tidewise, que possui parceria com a Empresa Gerencial de Projetos Navais (EMGEPRON).
Estamos trabalhando no desenvolvimento de um veículo de superfície não tripulado, que é uma tecnologia nova, mas que já está em utilização em diversos países do mundo. E a obtenção desse tipo de conhecimento tecnológico no âmbito da Marinha é muito importante para o País na área militar, mas também no desenvolvimento tecnológico. A utilização do sistema para a atividade militar é bastante benéfica, por conta dos custos e da redução dos riscos operacionais
Diretor do CASNAV, Capitão de Mar e Guerra Fabio Kenji Arakaki
Fonte: Agência de Notícias da Marinha do Brasil